top of page

A mobilidade na visão de quem desenvolve

Criadores de apps chegam mais próximos do usuário para entender as necessidades e melhorar seus produtos.

Não é novidade para ninguém quando dizemos o quanto à tecnologia nos auxilia diariamente nas mais variadas tarefas do dia a dia. Seja nas comprinhas online no Aliexpress, delivery de comida pelo iFood ou até mesmo, a facilidade de pedir um táxi no 99taxi pelo smartphone, estar conectado faz parte dos novos laços sociais da pós modernidade. Novas tecnologias mudam as relações entre as pessoas e como elas transitam pelos lugares em que elas habitam. Mudamos horários, mudamos rotinas, economizamos e otimizamos o nosso tempo, de acordo com as informações que recebemos na palma da mão.

Quando nos aproximados das tecnologias voltadas para a mobilidade urbana, vemos um seguimento que cresce a passos largos e rápidos. Startups e empresas enxergam nesse nicho de mercado, uma oportunidade para crescer e gerar renda. No Brasil, por exemplo, segundo dados levantados pela ABS, Associação Brasileira de Startups, o número de empresas em desenvolvimento no país chegou 4151 até final de 2015, o que sinalizava um crescimento de 18,6% nos últimos seis meses. Outro ponto importante, que podemos destacar é que a cidade de São Paulo foi apontada como a 12ª cidade favorável do mundo no ranking de 2016 do Global Startup Ecosystem, produzido pela empresa Compass.

Mesmo com a crise, o mercado de appsestartupstêm mostrado crescimento contínuo, pois tem buscado, principalmente, trazer soluções para os problemas dos usuários. E quando falamos em mobilidade urbana, o que não faltam são problemas a serem resolvidos. Novas rotas para chegar ao trabalho, avenidas com menos trânsitos, mais facilidade pra conhecer as linhas de ônibus e pra saber onde existe ciclo vias prontas pra uso. Novas empresas e pessoas envolvidas nessas questões criam vínculos com usuários na construção dos apps.

O Moovit, aplicativo criado em Israel, e que chegou ao país em junho de 2013, é uma dessas empresas que consulta os seus usuários para melhorar o desenvolvimento do app. Hoje, presente em 100 cidades brasileiras, com mais de 14 milhões de usuários registrados, usa as opiniões para redesenhar suas rotas. Pedro Palhares, porta voz da empresa no país, diz que a nova versão do app, por exemplo, será feita de acordo com analises do uso. “O feedback dos nossos usuários ajuda muito na atualização constante de itinerários de linhas e pontos de parada. Também prestamos muito atenção em quais atividades são mais utilizadas pelos nossos usuários e criamos ferramentas para facilitar o acesso.”

Outros desenvolvedores também buscam além das sugestões dos usuários na construção dos seus produtos. Câue Jannini, criador do Pedala SP, decidiu fazer um aplicativo pois não encontrava as informações sobre bike concentradas em um lugar. Formado em cinema pela ECA – USP,usou a internet para adquirir conhecimentos e desenvolver um app em 2014. Os 398,7 km de ciclovias podem ser consultados na palma da mão, tanto em dispositivos Android, e a recém lançada versão para iOS. “Um aplicativo que traz as informações de estrutura da cidade, atualizadas e confiáveis, é importante porque ajuda as pessoas a quebrarem a barreira para começar a andar de bicicleta, a se sentir mais seguro porque uma das varias barreira para a galera andar de bike, é não saber como é que funciona a cidade.” Jannini não fazia parte do movimento de ciclistas da cidade, e se aproximou mais com a criação do seu produto. Ele também vê a tecnologia como uma ferramenta que auxilia as pessoas a criarem a cultura de usar o sistema cicloviário. “Um app que traz as informações juntas, que faz rotas priorizando ciclovias, permite estimular o começo e a mudança de hábito.“

Print do aplicativo PedaladaSP

Atrelar as necessidades reais aos dispositivos moveis também foi o que motivou Guilherme Cury Rovai e mais quatro pessoas que já pedalavam por São Paulo a criarem o UseBike. Eles sentiam a necessidade de mais informações, não somente das vias, mas sobre lugares que pudessem dar assistência, oficinas próximos aos lugares, bicicletários, ou até mesmo cafés que tenham estrutura para receber ciclistas. Inicialmente, eles desenvolveram um mapa, onde as pessoas poderiam inserir lugares bike friendly de forma colaborativa. O UseBike cresceu porque perceberam que essa “deficiência” não era algo somente deles. O projeto tem um site, que pode ser visitado em www.usebikeapp.com.

Disponível desde o segundo semestre de 2015, já registrou 6 mil downloads somando aparelhos Android e iOS. Segundo Rovi, a colaboração entre usuário e desenvolvedor é essencial. “A gente acha que sozinho, não conseguimos mudar muita coisa. Mas com a ajuda das pessoas, a gente consegue mudar muita coisa no mundo.”

Mapeamento do metro por usuários. Em abril de 2015, chegou ao país, o Citymapper. O aplicativo gera rota para usuário combinando diversos modais. Ou seja, esse recurso tecnológico gera combinações entre ônibus e trólebus, Cptm e Ciclovias, entre outras combinações, visando otimizar o tempo do usuário.A empresa, apesar de ser uma pequena Startup, já tem seu espaço demarcado no meio dos aplicativos de mobilidade urbana.

Um dos grandes diferenciais onde o produto se destaca, é que os seus usuários, que se auto denominam “super usuários”, colaboram diretamente com o desenvolvimento continuo, desde feedbacks constantes para a correção ou inserção de informações, até votarem em qual será a próxima cidade mapeada pelo aplicativo. Exemplo disso, é o lançamento do mapeamento da cidade de Moscou no mês de Outubro, devido alta demanda de pedidos das pessoas que usam o Citymapper. Print do App Citymapper

Em São Paulo, não somente esse, mas todos os aplicativos que necessitam de informações sobre rotas de ônibus, metro, CPTM e outros meios públicos de transporte, tem facilidade em conseguir essas informações. Devido a política de dados abertos ser facilmente acessível, através da Secretária de Municipal de Transportes, qualquer pessoa consegue programar algo envolvendo a malha de transporte público.

Uma das maiores colaborações no City, foi o mapeamento de todas as saídas da malha metroviária de São Paulo por cincos pessoas. O Citymapper, além de indicar em qual estação descer, indica qual a melhor saída , de acordo com o trajeto estipulado. Vinicius Araújo dos Santos, foi o campeão: mapeou 113 estações. “Eu adorei quando nos passaram a ideia, pois eu sinto que tem “meu dedo” no aplicativo. Eu tirava fotos das saídas das estações para registrar.”

Vinicius Araújo dos Santo usando o Citymapper

Junto com o Vinicius, Pietro Brugnera e Felipe Cepriano, mapearam, respectivamente, 63 e 25 estações do metrô. Eles participam também de reuniões com o metrô para discutir melhorias e sugestões. ”Eles fazem reuniões pra falarem pra gente novidades ou testarem coisas com a gente. Eles estão planejando lançar ano que vem, um aplicativo chamado Metra Conecta, para os usuários reportarem denuncias,” nos conta Pietro.

Também em conjunto com Cepriano, os dois chegaram a pensar no próprio aplicativo, antes de serem “super usuários”, chamado Metrô Inteligente. O app teria como objetivo mostrar qual vagão seria melhor para embarcar. Infelizmente não deu certo. “Mas hoje é algo que vemos no Citymapper, é uma das funções disponíveis”, diz Felipe.

DICAS DE COZINHA

DA SARA!

#1 

Sou um parágrafo. Clique aqui para editar e adicionar seu texto.

 

#2

Sou um parágrafo. Clique aqui para editar e adicionar seu texto.

 

#3

Sou um parágrafo. Clique aqui para editar e adicionar seu texto.

bottom of page