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Frota de veículos cresce dez vezes mais do que a própria população

Segundo estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto de Ciência e Tecnologia, a taxa de veículos cresceu mais de138% entre 2001 e 2012

O estudo aponta que o número de veículos no país passou de 34,9 milhões para cerca de 76 milhões, superando os 12,49% da população, conforme o senso do mesmo período. Além disso, segundo este mesmo estudo, o carro ocupa 17 vezes mais espaço para o transporte da mesma quantidade de pessoas que os ônibus. Este cenário se torna cada vez mais preocupante, tendo em vista os atrasos em mobilidade pela falta de políticas públicas que possam resolver a questão.

No ABC, cinco das sete prefeituras não concluíram o projeto de mobilidade urbana previsto para abril de 2015. Apenas São Bernardo e Ribeirão Pires cumpriram suas metas. O governo federal prorrogou este prazo, já que as prefeituras tiveram dificuldades financeiras e técnicas para a sua conclusão.

São Caetano teve o projeto aprovado em agosto, mas informou, por nota, que o texto está “em fase de planejamento, período que a administração tem para organizar as metas, definir prioridades, entre outras questões”. Já a Prefeitura de Mauá, que trabalha na elaboração do plano desde 2015, informou que “os estudos e pesquisas estão em execução” e que, “ao fim dessas etapas, o município terá diagnóstico preciso sobre a ocupação do território, o padrão de deslocamento e as principais demandas da população.”

Santo André e Diadema nem contrataram a empresa responsável pela elaboração do projeto. A estimativa em Santo André é a de que o projeto seja encaminhado à Câmara apenas em 2018. Em Diadema, a expectativa de conclusão e entrega do material é 2017.

Descaso

O Brasil investe muito pouco em mobilidade, como pode ser observado na falta de uma malha metroviária no ABC Paulista, por exemplo, um dos espaços metropolitanos mais importantes de São Paulo. Além do congestionamento, das frotas de ônibus lotadas e com serviços precários, falta de acessibilidade para pessoas com deficiências, entre outras dificuldades. De acordo com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), o país teria de aumentar em oito vezes os investimentos em mobilidade para que o serviço tivesse qualidade.

O BNDES fez uma análise das quinze maiores regiões metropolitanas do País. Para daqui a doze anos a situação ser ideal, seriam necessários R$ 234,8 bilhões. Hoje os recursos aplicados equivalem a 0,05% do PIB – Produto Interno Bruto. Esta é a média apurada pelo BNDES de 1995 a 2013. Países da Europa e da Ásia investem anualmente de 0,5% a 1% do PIB para os transportes urbanos.

Segundo a Doutora em Urbanismo pela USP, Ana Carla Fonseca, a mobilidade urbana do Brasil está mesmo muito longe do ideal em todos os aspectos, eficácia, segurança, equidade e respeito ao meio ambiente. “Parece-me paradigmático da falta de vontade política em priorizar o tema e o fato de que, a menos de um ano, apenas 8,5% dos municípios haviam cumprido plano de mobilidade. Se nem ao menos há a preocupação em elaborar um plano, o que dizer da possibilidade de tirá-lo do papel?”, diz a doutora.

A população não parece acreditar na real melhoria do transporte urbano como um todo. O estudante da Politécnica da USP, Bruno Andreeto, afirma que não espera por mudanças, e sim, uma piora com o passar dos anos. “Ando de carro e média de tempo no meu trajeto é de 1h30. A impressão que tenho é que a cada ano piora. Isso pode ocorrer por dois motivos, ou o dinheiro de investimento é insuficiente, ou é mal administrado”, diz Bruno.

DICAS DE COZINHA

DA SARA!

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